Espelho da ancestralidade: Mãe Jaciara segura o quadro de mãe Gilda, na força da justiça de Ogum. Salvador, 2013.
Em 1999, a mesma fotografia de Mãe Gilda, utilizada pela Veja, voltou a estampar um veículo midiático. A “Folha Universal”, jornal ligado a Igreja Universal do Reino de Deus, divulgou em uma das suas edições a foto de Mãe Gilda na capa, trazendo uma tarja preta nos olhos, com a legenda “Macumbeiros e charlatões lesam o bolso e a vida de clientes”. Mãe Gilda faleceu devido a um enfarto, um ano após a matéria divulgada pela folha Universal. A morte veio por agravamentos de sua saúde em consequência da sua foto exposta no jornal. Mãe Gilda nos deixou fisicamente, mas a morte pelo esquecimento não pode mais lhe tocar. Esta marcada na memória ancestral como a mulher que venceu o racismo religioso, impôs sua luta à história oficial e abriu caminhos para novas estratégias de luta para as gerações que virão.
“Kosi mi fara owé” (nada no mundo que possa contra mim, aqui estamos).
(Frase exposta no busto de mãe Gilda).
